domingo, 12 de maio de 2013

Profissão mulher.


Não é de hoje que as mulheres têm conseguido seu lugar de igualdade ao lado dos homens. São direitos iguais na cultura, nos salários e etc. Mas o é interessante acontece nas profissões.
Hoje temos mulheres em profissões que até outro dia eram tipicamente masculinas. São motoristas de ônibus, delegadas, guardas municipais, e por aí segue. Em boa maioria dessas mulheres incorporam o jeitão masculino, que é inerente de algumas profissões. Não imagino, por exemplo, uma delegada na frente de um bandido, com a fala mansa e doce, um jeito delicado, ou coisa parecida, deve ser difícil. As motoristas de ônibus, não sei se todas, mas pelo menos as que vejo aqui, tem um jeito masculino. Até as lindas moças da guarda municipal (boa parte é bonita mesmo), carregam o jeitão. O mesmo acontece com os homens, mas aí é outro papo.
Pensava eu que isso era característica do personagem que trabalha. Já ouvi histórias de juízes, por exemplo, que são verdadeiros chatos, briguentos, mas na vida fora da labuta, são verdadeiras moças delicadas. Mas no caso de algumas mulheres, isso não acontece, o mesmo jeitão masculino, que interpretam no trabalho, ele acompanha o fora dele.
É altamente louvável essa igualação homens e mulheres, mas que elas, não percam o doce jeito feminino, a delicadeza e beleza que é ser mulher. Essa coisa toda, que faz qualquer homem, perder as estribeiras e faça tudo que é besteira. Que trabalham, sejam tudo isso é algo mais, mas não percam o jeito mulher de ser, pois de dureza, o mundo já é cheio, e a gente precisa de vocês.

Feliz dia das mães!

Foto: Na Tijuca, tomando um chopp num boteco pra lá de Marrakech.

sábado, 11 de maio de 2013

Supermercado, o circo dos horrores.


Hoje fui ao supermercado, e atualmente pouca coisa é mais sacal que isso. Lá você cruza com carrinhos abarrotados de besteiras comestíveis e seres humanos sem nenhuma educação, além do clássico balcão de frios, onde quase sempre pedem "duzentas gramas de presunto"... E assim caminhando a humanidade, lá vou eu com a lista de compras na mão, enfrentar um dos infernos maiores nessa terra de meu deus, o circo dos horrores que é um supermercado.
Depois de catar tudo vou ao caixa. Papo vai, papo vem, minha vez, atrás de mim um sujeito com cara de louco conversa alguma coisa com sua esposa, ambos olham meu carrinho e depois a menina do caixa. Passam dois minutos e vão embora, aleluia! Não gosto de doido perto de mim, já me basta.
Chega minha vez, aleluia de novo! A esteira com as compras vai passando, a meninota do caixa, em menos de dois segundos puxa conversa comigo (variando), no que disse: inda bem que aquele casal foi embora, ficaram me encarando e eu quero e é ir para casa, já estávamos pra lá das vinte badaladas e tal.
Depois de tudo passado e pago, dou boa noite/bom descanso e rumo para casa, com uma imensa vontade de chegar, tomar um banho e viajar na maionese da sanidade.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Lobão e o MC


Ontem vi e ouvi o velho Lobo uivar seu "blá blá blá blá, eu te amo". Foi no programa televisivo "Agora É Tarde", apresentado pelo Danilo Gentili.

Entre uma coisa e outra, o assunto principal foi o livro lançado recentemente pelo Lobo, "Manifesto do Nada na Terra do Nunca", que já rende tantos comentários. E no meio das letras impressas, ele solta uma sobre os Racionais MCs: são o "braço armado do PT".

O Mano Brown, vocalista do grupo se enfezou. Mas para rebater, o Mano quer partir para briga. Desafiou dizendo: "sempre estou pelo Rio, se quiser resolver como homem". Ops, alto lá Mano Véi, queres partir para porrada? É isso mesmo? Ora minhas bolas, que devolva na mesma moeda, sujeito. Diga ao Lobo louco que os Racionais não são braço de seu ninguém. Se defenda com a mesma arma que foi atacado, palavras e blá. Quer tentar bater em alguém? Chama o negão Anderson Silva, que de fino só deve ter a voz. Aí sim, é algo que a gente quer ver.

Essa tua onda toda me fez lembrar dos meus tempos de criança, onde já vi muito, alguém ser intimidado, humilhado, ou coisa parecida, e soltar a frase: vem pro pau! Esse pau aí, era a briga, o "resolver como homem". Mas vá mesmo, como bem disse o Lobo, conversar sobre isso tomando um chopp, ou sei lá.

E ainda falando sobre. No lançamento do dito livro, o Lobão mostrou um cartaz com o seguinte dizer: "Chupa Caetano!". O que me fez lembrar de um amigo meu que é florido todo, e sempre que mando-o tomar no cu, ele responde mordendo as orelhas: não mande não, você sabe que eu gosto. Agora taí, quero ver a resposta do Caetano. Ele chupa ou não chupa?

terça-feira, 7 de maio de 2013

A Dama do Dia




Não digo nada, para não me fazer ver que é segredo sagrado, coisa do meu viver passado. E você tem os seus, não?
Fungo as gostas de saudade, dos tempos da mocidade.
E vou caminhando cheio de vontades, encarando mentiras, mas cheio de verdades...

Foto: Ronnie Vonna na praça, querendo amor.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Sônia, Soninha.

Dia desses fiz um "Happy sei lá" com a Sônia, que insiste que eu a chame de Soninha (não gosto apelidos em diminuto, mas vá lá, ela gosta, e não se discute amenidades com uma cria de costela). Foi nosso décimo encontro, medido e milimetrado, tudo de cor por ambas as partes, até as roupas que usamos. E não reparo muito em roupa, apenas na falta, tanto ela menos. Fomos ao Bar do Gaúcho, esquina do prédio que trabalho. Lá é legal, chopp gelado e um bom sanduíche de carne. Lembro quando nos conhecemos, quis lhe apelidar mas sem sucesso. Isso só por Sônia me lembrar uma prostituta da Rua da Areia, que lá pelos finados anos noventa, tive o prazer de conhecer.

Época de vinte e poucos anos, um pouco barbado, um peito, que além dos cabelos, era cheio de vontade de viver. Conversava muito com a Sônia da Areia, ela tinha uma filhota que não lembro o nome, e sempre me falava de sonhos, disso e daquilo. Certa feita, estava eu sentado numa mesa do cabaré que ela fodia com deus e o diabo, e ela aparece meio triste, em seus braços brancos umas manchas de pancada. Não fiz pergunta retórica, apenas lhe paguei umas doses de uísque e ouvi sua lamuria.

Mas a Soninha hoje é diferente, em tudo, não melhor, nem pior. Soninha faz jus ao diminutivo, cara de meninota num corpaço, e o pior que ela sabe disso, e se aproveita (safada santa). Me conta suas peripécias sem medir. Ficaria horas ouvindo a Soninha, e sem tocar num fio de sobrancelha, mas não aguento, ela sempre me chama para tomar um vinho na sua casa, o que aquece minhas orelhas e o resto.

E na sua geladeira morre metade de uma cebola, uma garrafa d'água, umas outras de vinho e um molho do tomate aberto. A gente trepa e vai tomar banho. Deitamos na cama, a janela aberta denuncia a madrugada silenciosa e linda, fumamos um cigarro e ouvimos a noite, mas não de conchinha, nem porra nenhuma, apenas deitados na cama dura, esperando meu pau subir para outra trepada com a Soninha.

Sobreviver, à vida.


Alimente a vida de você, daquilo que te faz sobreviver. Um dia dormindo, uma noite de sexo, uma tarde regada a droga e rock, ou um simples copo de nutella. Nada importa do lado de fora. Faça aquilo que dá na telha, sem prejudicar o outro, e o mais importante, que seja sem vergonha, pra valer, viver e morrer.

Foto: Transitando por aí, em dia de quase noite.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Papo de sola furada



Um sapato furado, para proteger o pé, pedaço de jornal. Resenhas sobre coisas, as vezes é bom papo mais furado que sola, só as vezes, coisa rara mesmo. E vamos pedir a conta, na cama tem coisa melhor para fazer.

Foto: Cinelândia indo dormir.