quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Os excluídos

Com exceção do home-hétero-branco-ateu-trabalhador, todo ser vivo tem seus defensores. Criança, adolescente, mulher, velho, negro, índio, homo, preso, religioso, mico-leão-dourado, pau-brasil, arará azul e o cacete... Todos são defendidos por uma ONG, Sindicato e uma sorte de grupos dos mais diversos. Nada mais justo, claro, visto que são pessoas que sofrem algum tipo de preconceito, maltrato ou coisa parecida. Mas aí aparecem os filhos da puta (sempre), para se aproveitar da nobreza de seus defensores e de uma mídia que só quer vender notícia. E viram notícia, quando por quase sempre, atrás de uma indenização. Basta uma bicha morrer que todo mundo diz: morreu porque era bicha, isso é homofobia, e blá blá blá. E se um negão não conseguir o tão sagrado emprego? Ah porra, só não consegui porque sou negro. Sem falar do pessoal que faz comédia, quase nada podem falar. E por aí caminha a humanidade.

De uns dias pra cá, tomei nota de três notícias, em que os coitados, foram lá chorar suas pitangas na barra da saia dos outros.

1- Um casal de lésbicas estava a mordiscar e bebericar umas e outras num restaurante na Lapa, e entre tais, trocaram um beijo. Segundo conta uma das ofendidas (deve ser a que faz o papel de macho), um sujeito chegou junto e pediu para elas saírem do local. As duas indignadas foram à delegacia, e entre papo furado e boletim: não se sabe ao certo quem é o sujeito; o dono do restaurante não reconhece ninguém com a descrição dada por elas, muito menos o tal cara consta na folha de pagamento; e outra, a velha e boa Lapa dá de dez em Sodoma e Gomorra, aceita até padre beijando puta, imagina duas mulheres?

2- Um delegado solta no Twitter que alguns de seus subordinados não estão dando conta do recado, inclusive os homens. Mas o danado tomou na lata porque falou: das 14 mulheres sob meu cacete, apenas uma é um macho de verdade. Pronto, o coitado foi exonerado do cargo e vão encher o saco dele até não quererem mais. Porra! Creio que ele estava falando com relação ao físico, ao dia-a-dia, ao lidar com toda qualidade de cabra safado, bandido, etc. E cá pra mim, isso é coisa de homem, caso contrário, não haveria sentido da famosa Lei Maria da Penha. Ah, um detalhe. Isso me fez lembrar da deliciosa Demi Moore no filme Até o Limite da Honra, em que ela protagoniza a Tenente Jordan O'Neil, que vai lá fazer o treinamento no grupo de elite da Marinha Americana, que pelo que sei, deixa o nosso querido Capitão Nascimento com inveja.

3- João e Maria, casal de brancos, em um belo dia de sol, juntamente com seu filho adotivo e negro (7 anos), vão à uma concessionária da BMW aqui na Barra da Tijuca, pois querem trocar o seu possante. Lá chegando, largam o menino em meio aos carros e vão conversar com o vendedor. Daqui a pouco, o danado do menino vai chegando junto dos três e o vendedor solta: ei menino, vaza que isso aqui é uma loja de carros, vai procurar tua turma. A mãe indignada e tomando as dores do filho, pega o menino pela mão e sai voando da loja, e o vendedor, correndo atrás sem saber o que fazer, fica a ver BMWs encalhadas. Chegando em casa, ela abre uma Fan Page por essas bandas com o título: "Preconceito Racial Não É Mal-Entendido", que já conta com mais de 80 mil seguidores. Puta que pariu! O cara quer vender um carrão de sei lá quantos mil reais, ganhar sua comissão e torrar a grana com a pequena, mas ao invés disso ele prefere tirar onda com o menino negro? Só se for muito idiota!

Claro, não sou contra a defesa dos injustiçados, como falei acima, é justo que haja quem os defenda. Mas mais justo, é defender quem realmente merece, é levar isso a sério, e não essa putaria em que qualquer coisa gera uma histeria sem sentido algum.

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