sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Ela e os sonhos
Quatro dedos de vodca, e completo o copo com suco de manga, sem gelo. O telefone toca, número é confidencial, atendo. Não sou dessas pessoas que não atendem números confidenciais. Era chamada a cobrar, desligo. Acendo um cigarro e manco até a janela para juntar a solidão da rua com a minha. Vejo um cachorro farejando o lixo do vizinho, e ele vai embora com a mesma fome. Ligo o rádio e o repórter diz a previsão do tempo. Lembrei de um canal do tempo que as mulheres tiravam a roupa. Sinto o cheiro de shampoo, ela entra no quarto, me beija e deita. Olho suas curvas, pele, cabelos, pés, nuca... Ela dorme, sem frescuras, sem pedidos, sem cerimônia. E fico parado decifrando seus sonhos até o sol nascer.
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